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O Perfume, a história de um assassino - Patrick Süskind


E então estamos nós de volta e com o blog repaginado!
Como prometido no último post que fiz, falarei sobre esse livro incrível, maravilindo e tantos outros adjetivos.

Sinopse: França, século XVIII. O recém-nascido Jean-Baptiste Grenouille é abandonado pela mãe junto a restos de peixes em um mercado parisiense. Rejeitado também pela natureza, que lhe negou o direito de exalar o cheiro característico dos seres humanos, pelas amas-de-leite e por instituições religiosas, o menino Grenouille cresce sobrevivendo ao repúdio, a acidentes e doenças.
Ainda jovem descobre ser dotado de imensa sensibilidade olfativa e parte em busca do aroma perfeito, do perfume que lhe falta para seduzir e dominar qualquer pessoa. Nessa busca obsessiva, ele usurpa a essência dos corpos de suas vítimas.
Seu título original em alemão é: Das Parfum, die Geschichte eines Mörders




Este livro maravilhoso, que teve adaptação para o cinema com a superprodução do Tom Tykwer em 2006 (e que é muito fiel ao livro) é um dos meus favoritos disparado (tanto filme, como livro).
O livro é narrado por um narrador observador, ou seja, terceira pessoa. A narrativa é completamente envolvente, os cheiros são tão bem descritos que tem-se a impressão de que aquele aroma está impregnado nas páginas do livro.
Grenouille é um personagem incrível, com todo o seu desvalor pelos humanos, a sua vontade de ser deveras melhor que todos eles, de dominá-los. É tão fantástico que acaba trazendo desgraça àqueles que passam por sua vida (isso talvez seja um spoiler, mas não é tão grave).
Eu, particularmente, tenho um fascínio por livros que retratem tempos mais remotos, século XVIII, XVII... e a França já é um lugar incrível, a união da França com um assassino e século XVIII é espetacular!
O livro contém poucos diálogos (algo que me atrai muito), não fica sem fechar nenhum ciclo nem nada. Você acaba por sentir pena do Grenouille. Você ama a primeira e a segunda ruiva, e quando a descrição dos cheiros não é suficiente, dá uma vontade incontrolável de explodir e fazer com que cada pedacinho seu saia à procura daquele cheiro que ele acha tão magnífico. E, algo que é digno de nota, ele só mata moças virgens, o que intriga deveras a polícia e os cidadãos. Há um momento em que todos estão em "reunião" discutindo sobre esses assassinatos e alguém levanta em voga o fato de que as moças morreram e nem foram violadas, então, qual seria o motivo de matá-las? Ele só levava seus cabelos e suas vestes. Que tipo de monstro é esse? Um demônio?
E tudo isso só acontece após Grenouille seguir uma ruiva por conta do seu cheiro magnífico, que ele sequer acredita que possa vir dos humanos, esses seres repugnantes, mata-a e então percebe que aquele cheiro jamais será eternizado. Foi um cheiro perdido. Então ele resolve ir atrás de algo que faça com que ele eternize as fragrâncias.
E, se querem saber, o final é algo fantástico, inesperado, inacreditável... nossa! Perfeito.

Não é minha intenção fazer comparações entre filme e livro, porém, acho que cabe fazê-lo: no livro a descrição do Grenouille é de um rapaz muitíssimo feio e no filme ele não é tããão feio assim (poxa, queria um Grenouille mais próximo da narrativa), as ruivas, por sua vez, são muito parecidas com a narração - pelo menos pareceram pra mim. Temos o Alan Rickman (Severo Snape) como pai de uma das ruivas.

Em suma, queria deixar claro o quão é incrível a leitura desse livro que é considerado um clássico da literatura universal. Tanto que o Kurt Cobain considerava-o como sendo seu favorito e fez até uma canção baseada na estória. A música tem por nome "Scentless Apprentice" segunda faixa do álbum "In Utero" gravado em 1993.

Nota para o livro: Seis estrelas muitíssimo bem merecidas.

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