Sim, venho aqui falar sobre Fahrenheit 451.
Confesso que vi o filme antes do livro, e, fiquei encantada e ao mesmo tempo triste com o que acontece na época em que se passa a estória.
Depois de algumas guerras, o mundo mudou muito. Os bombeiros que tem como obrigação apagar fogo, em Fahrenheit são ateadores de fogo (já que as casas são completamente anti combustão). Montag é um bombeiro e acaba conhecendo uma garota de nome Clarisse; essa garota é o estopim da mudança de Montag. Ela o faz perguntas que o deixa intrigado e assim, ele comete o maior crime de todos: lê um livro. Aliás, um só não, vários livros.
O trabalho dos bombeiros é atear fogo nos livros que são grandes influenciadores de ideias erradas, que transformam as pessoas em antissociais. Os livros são terminantemente proibidos, pois, eles trazem a tristeza.
Linda(filme)/Mildred(livro), esposa de Montag, é completamente fissurada em seus telões, que funcionam como "família" para eles. Os telões são interativos e algumas vezes você acaba por ser um personagem de um determinado programa. Eles se tratam entre si como "primos".
Bom, não preciso dizer o quanto chorei nas cenas (tanto no filme como no livro) em que são ateado fogo nos livros. É completamente tocante e deprimente.
Bom, há também uma certa resistência quanto ceder às leis. Alguns homens e mulheres (como o professor que Montag acaba conhecendo também e que é de suma importância no livro, já no filme o professor não aparece, há somente Clarisse) que se transformam em livros. Eles tem a obrigação de memorizar determinado livro (que geralmente é seu favorito) e guardá-lo. Há uma cena lindíssima onde o senhor de idade está à poucos passos da morte e repassa para um menininho o seu legado.
A narração é incrível e nem preciso dizer sobre a estória, não é?!
O que posso dizer é que: vale muitíssimo a pena ler esse livro. É um romance distópico incrível, não é como essas distopias que os adolescentes leem como "Jogos Vorazes" e etc. É algo realmente bom (não desmerecendo os romances distópicos atuais que envolvem bastante amor e pouca questão realmente a ser discutida).
O Autor é o Ray Douglas Bradbury; nascido no dia 22 de agosto de 1920 e falecido no dia 6 de junho de 2012 (fonte: Wikipédia). Autor de As crônicas Marcianas, entre outros romances.
Bom, acho que é um romance distópico que vai causar um certo impacto no leitor por ser tão real. Não é algo que se mostra distante e inalcançável. É algo que podemos tocar. Traz uma certa consciência da nossa realidade e do que estamos fazendo... Não sei muito bem o que falar sobre essa obra já que é tão completa e incrível.
Nota para acampar: seis estrelinhas.
Vale muitíssimo a pena lê-lo.
(Achei essa edição linda, porém, não sei a qual editora pertence, cry)
Evellin Oliveira.
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