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Vamos acampar com Ray Bradbury?

Então, depois de tempos sem postar nadinha sobre minhas leituras, eis que venho falar sobre um romance distópico que, de certa forma, parece mais com um romance realista nos tempos atuais onde a TV é uma grande "presente" na vida da população.

Sim, venho aqui falar sobre Fahrenheit 451.
Confesso que vi o filme antes do livro, e, fiquei encantada e ao mesmo tempo triste com o que acontece na época em que se passa a estória.



Li nessa edição publicada pela Editora Globo. Lindíssima, por sinal. Enfim, falemos do livro:
Depois de algumas guerras, o mundo mudou muito. Os bombeiros que tem como obrigação apagar fogo, em Fahrenheit são ateadores de fogo (já que as casas são completamente anti combustão). Montag é um bombeiro e acaba conhecendo uma garota de nome Clarisse; essa garota é o estopim da mudança de Montag. Ela o faz perguntas que o deixa intrigado e assim, ele comete o maior crime de todos: lê um livro. Aliás, um só não, vários livros.

O trabalho dos bombeiros é atear fogo nos livros que são grandes influenciadores de ideias erradas, que transformam as pessoas em antissociais. Os livros são terminantemente proibidos, pois, eles trazem a tristeza.
Linda(filme)/Mildred(livro), esposa de Montag, é completamente fissurada em seus telões, que funcionam como "família" para eles. Os telões são interativos e algumas vezes você acaba  por ser um personagem de um determinado programa. Eles se tratam entre si como "primos".
Bom, não preciso dizer o quanto chorei nas cenas (tanto no filme como no livro) em que são ateado fogo nos livros. É completamente tocante e deprimente.
Bom, há também uma certa resistência quanto ceder às leis. Alguns homens e mulheres (como o professor que Montag acaba conhecendo também e que é de suma importância no livro, já no filme o professor não aparece, há somente Clarisse) que se transformam em livros. Eles tem a obrigação de memorizar determinado livro (que geralmente é seu favorito) e guardá-lo. Há uma cena lindíssima onde o senhor de idade está à poucos passos da morte e repassa para um menininho o seu legado.

A narração é incrível e nem preciso dizer sobre a estória, não é?!
O que posso dizer é que: vale muitíssimo a pena ler esse livro. É um romance distópico incrível, não é como essas distopias que os adolescentes leem como "Jogos Vorazes" e etc. É algo realmente bom (não desmerecendo os romances distópicos atuais que envolvem bastante amor e pouca questão realmente a ser discutida).

O Autor é o Ray Douglas Bradbury; nascido no dia 22 de agosto de 1920 e falecido no dia 6 de junho de 2012 (fonte: Wikipédia). Autor de As crônicas Marcianas, entre outros romances.



Bom, acho que é um romance distópico que vai causar um certo impacto no leitor por ser tão real. Não é algo que se mostra distante e inalcançável. É algo que podemos tocar. Traz uma certa consciência da nossa realidade e do que estamos fazendo... Não sei muito bem o que falar sobre essa obra já que é tão completa e incrível. 

Nota para acampar: seis estrelinhas. 

Vale muitíssimo a pena lê-lo. 

(Achei essa edição linda, porém, não sei a qual editora pertence, cry)



Evellin Oliveira.

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