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3. Série Sidney Sheldon: terceiro livro.

Olá, estamos aqui novamente com o intuito de falar um bocadinho mais sobre os livros do Sidney. Vamos lá?!
Lembrando que esse é o último post que poderei fazer esse mês sobre o Sidney já que a Gabrielle e eu entramos em consenso para que o mês de dezembro seja dedicado à literatura brasileira, ou seja: só posts sobre obras nacionais e vídeos de mesmo cunho. Espero que gostem.


3. Conte-me seus sonhos foi publicado em 1998. 
Ashley, Toni e Alete têm duas coisas em comum: São bonitas e suspeitas de cometer uma série de assassinatos brutais. A polícia efetua a prisão, que leva a um dos julgamentos mais inusitados já vistos, com a defesa baseando-se em provas médicas bizarras, porém autênticas. De Londres a Roma, de Quebec a São Francisco, a trama de Conte-me seus sonhos é magnética desde o começo até o final surpreendente.



Nessa obra nós conhecemos três mulheres exuberantes. Todas com seus traços deveras marcantes, porém, duas delas odeiam uma. O livro te deixa confuso no começo por conta dessas personagens que até então são pontos separados, mas ao dar continuidade à leitura você percebe que esses pontos se ligam e com essa ligação algumas coisas fazem sentido.
Eu tenho medo de falar sobre esse livro e acabar dando spoiler; a história é rica, mas tão rica, que se formos colocá-la em um papel - virtual ou não - fica complicado mostrar sua grandeza sem mostrar os pontos mais importantes dela. É meio difícil preservar a identidade da história, mas vou tentar não revelar mistérios muito grandes.
As coisas ficam confusas até para a própria personagem, quando se vê frente a frente com crimes bárbaros. A principal - uma das -, Ashley (se não me engano) chega a receber ameaças em seu espelho, o engraçado (irônico?) é que com a perícia se constatou que ela mesma havia escrito aquelas ameaças no espelho do seu banheiro. Suas impressões digitais estavam ali, como contestar um fato? Contra fatos não existem argumentos, isso é óbvio. Chega-se ao ápice de acordar em um lugar que nem sequer sabe como chegou, com um cigarro no cinzeiro (opa, isso não é música do Engenheiros do Hawaii) mesmo sabendo que não fuma e, quando vai procurar no armário de roupas desse tal hotel em que está, consta que há apenas roupa de "piriguete" (à nível de repassar conhecimento, piriguete, aqui na Bahia, é conhecida como aspirante de p***), ela sai do quarto constrangida por estar dentro daquelas vestes. 
Esse livro nos traz um certo terror psicológico, como no filme Cisne Negro em que a garota é molestada pela mãe e tem toda uma história que só vendo o filme pra entender. No final, quando as coisas são explicadas, você nota que realmente é um terror e o que aconteceu com ela - a saída que ela encontrou pra isso (que, diga-se de passagem, não é tão saída assim, por que ela não escolheu de verdade) - é algo que já é estudado e, para mim, fascinada em psicologia, é nada mais que um modo de ocultar o terror que existe em si e transferi-lo para "alguém" que você mesmo criou na sua mente sem se dar conta. Alguém que acaba por criar um caráter, uma personalidade e, como "ser" constituído de ambos, pode tomar determinadas decisões que nem sempre são as melhores, mas você, como pessoa física e registrada no cartório e dona da mente não pode fazer nada porque não está em poder de sua mente no momento e nem de seu corpo (acho que com isso, entendedores entenderão o que ela tem e a saída).
O que quero deixar claro, aqui, é que o Sidney Sheldon não traz para leitores apenas histórias de crimes, ou vinganças e assassinatos; tem sempre algo mais para ser explorado por trás de todos os personagens, até mesmo os mais vis. 

Uma coisa que posso afirmar é que esse livro não decepciona ao ser lido. Os dramas todos são muito fortes e palpáveis (torno a bater na mesma tecla), o Sidney sabia realmente o estava escrevendo quando pegava para escrever algo. A história tem um desfecho muito bom, porém, eu esperava que não fosse exatamente daquela maneira; não posso dizer que mudaria o final, de qualquer forma. A escolha foi sensata. 
Esse livro pode ser considerado um dos melhores dele e, se eu pudesse, o leria mil vezes. 

A nota para esse livro é, novamente, como citado nos outros posts, imensa. Me darei ao luxo de dar seis por tão somente ser a nota limite e base de julgamento para os leitores. Apenas. 

Gostaria muitíssimo que houvesse um filme baseado nessa obra, porém, infelizmente, não há. Uma lástima. 

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