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Resenha cinematográfica: O fabuloso destino de Amélie Poulain

Olá minha gente, antes de qualquer coisa quero pedir minhas desculpas esfarrapadas...
Meu computador está uma meeeeeeeeleca (para não falar coisa pior), lentíssimo e eu sinceramente estou sem saco pra ficar 4 horas em frente de um computador só para abrir a aba do Mozila... Sem contar que estou estudando para o vestibular (sim, eu passei em um e vou cursar, mas quero passar no da minha cidade), então é isso galera, espero que me perdoem una vez mais.

Hoje teremos uma resenha cinematográfica de um filme muitooo bacana que assisti já tem um tempinho e que fiquei apaixonada! 



O fabuloso destino de Amélie Poulain (Le fabuleux destin dAmélie Poulain, 2001) é uma, digamos, improvável e surpreendente produçao de Jean-Pierre Jeunet. Digo isso porque o cineasta é mais conhecido por sombrios filmes de ficção, tais como Delicatessen (idem, 1991),Ladrões de sonhos (La cité des enfants perdus, 1995) e Alien: A Ressurreição (Alien: Resurrection, 1997) - e de sombrio, Amélie não tem nada.

Mas do que se trata esse filme com nome de menina e sorrisos na tela? O "Fabuloso Destino de Amélie Poulain" ("Le Fabuleux destin d'Amélie Poulain" - FRA 2001) fala das coisas simples da vida. As neuras de uma família. Os sonhos de uma garota que nunca teve amigos. A busca do amor. Dizem que o quanto mais simples algo é, mais difícil é de se conseguir, certo? Errado, e Amélie está aqui para provar isso. 

Amélie viveu sua vida fechada em seu mundinho... Sem maiores emoções, aventuras, amores... até que Lady Di morre, não que ela seja devota da princesa, nada disso, mas o que acontece a seguir muda por completo sua vida. Devido a sua distração ao ouvir a noticia na televisão, Amélie derruba a tampa de um perfume que segura, o objeto cai no chão e rolando bate em um azulejo no chão do banheiro, o então azulejo se solta e revela um compartimento secreto. Amélie logo acha o "tesouro" escondido, uma espécie de caixa com alguns brinquedos de uma criança que morou ali a muitos anos. A partir de então, Amélie muda, decide ajudar o mundo e durante a sua caminhada, descobre como ajudar não só os outros, mas a si mesma. 

Jean soube mesclar um universo completamente novo para ele de uma maneira perfeita (sim, eu achei ele filme perfeito), um misto de ternura, doçura, inocência e humor! Amélie nos mostra o quão simples gestinhos, o simples fato de fazer uma pequenina coisa, uma mudança singela que seja pode fazer uma diferença enorme na vida das pessoas. O resultado, o espectador fica atordoado com essa gigantesca leva de inocência e boa vontade, eu mesma, fiquei me achando uma pessoa muito insensível e má! 

Amélie vai nos cativando a cada cena, ela revela-se uma pessoa engenhosa, eu ADOREI a parte em que ela decide ajudar a senhora com as cartas. Uma senhora que sofria com o abandono do amado e que sonhava em receber alguma resposta de seu paradeiro, ela habilmente forja uma carta, linda por sinal, fazendo com que aquela senhora brilhe novamente, que ascenda a luz que a muito tempo já havia parado de brilhar. 

Dar a mão a um ceguinho e ajudá-lo a atravessar a rua, ajudar um amigo que é maltratado, uma colega de trabalho que ninguém nunca amou e que talvez, nunca tenha amado também, achar um amor, descobrir-me covarde e achar um amigo que a faça mais valente que o zorro. 

Coisas tão fáceis e ao mesmo tempo, tão difíceis de se fazer. 
No mundo moderno, onde todos estão tão preocupados consigo mesmo, tão mergulhados no trabalho, nas contas e no seu mundinho individualizado, Amélie Poulain surge como uma fada madrinha. Poderia ser um conto de fadas, com elfos e anões, como a superprodução "O Senhor dos Anéis". Mas não é. Amélie não precisa de varinha mágica para mudar o mundo. Tudo o que ela faz é prestar atenção no próximo e tocá-lo de alguma maneira. E isso vale, e muito. 

Basta abrirmos nossos olhos, em todo lugar, alguém sempre precisa de nós, SEMPRE, e não é preciso que mandemos uma carta forjada para eles. As vezes, são coisas tão menores, um abraço, um "bom dia" SINCERO, um sorriso, um "desculpe-me", são gestos que valem a pena serem colocados em prática e que não custam nada mas que valem muito. 
A vida é repleta de momentos valiosíssimos e pessoas espetaculares, mas nunca os percebemos porque estamos fechados em nossa individualidade e deixamos de perceber as coisas, as pessoas, os momentos.  
O fabuloso destino de Amélie Poulain ganhou espaço garantido no meu coração, é simples, ingênuo, terno, doce e comovente.  
De fato, as coisas mais simples são as que mais valem. 





Espero que vocês assistam e que deixem o filme tocar vocês, assim como me tocou.
BEIIIIJOS, Gabrielle. 





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