Venho hoje não só para repetir o que há muito vem sendo dito por mim: que estou sem tempo e etc...; quero aproveitar para falar de um dos livros que eu mais amei nessa minha vida (e amo, claro).
Tentarei postar sobre livros que li em outros tempos, para não deixar o blog parado. Estou terminando algumas leituras e, em breve, teremos algumas novidades também (uma das novidades me fez ficar deveras triste essa semana; entrei no blog e percebi que plagiaram nossa ideia, mas vamos deixar isso pra lá, não é mesmo? Em breve vocês terão um vídeo explicando as novidades que vem por aí ;)
Vamos tirar um tempo para falar d'O morro dos ventos uivantes?
No início da trama, o patriarca da família Earnshaw resolve fazer uma viagem e traz consigo um pequeno órfão, que todos acham ser um cigano, porém sua procedência não é revelada em hora alguma da narrativa, ao qual denominam Heathcliff. Toda a afeição que o pai logo demonstra pelo menino enciuma seu filho legítimo, Hindley, que acha que está perdendo a afeição do pai para o menino.
Com a morte do senhor e senhora Earnshaw, Hindley passa a ser "dono" das terras e, assim, submete Heathcliff a várias atividades humilhantes, transformando o menino em uma pessoa melacólica...
(Fonte: Wikipédia, por motivos de: a sinopse do Skoob era deprimente.)
Tentar falar sobre essa história sem levar para o meu lado mais sentimental, é um tanto perigoso; se espera ler uma resenha altamente imparcial, melhor ir atrás de outras.
Como já lido na sinopse toda a história é descrita por uma governanta que passa a contar tudo desde seu início.
A história de amor de Cathy e Heathcliff é tão profunda e tocante que inicia-se antes mesmo, talvez, de eles saberem até mesmo o que significa o que sentem (isso parte do meu ponto de vista). Quando crianças, brincavam juntos e a relação foi ficando cada vez mais estreita.
Há um interrupção brusca no laço entre Cathy e Heathcliff quando o mesmo ouve uma conversa entre Cathy e uma das empregadas; Cathy diz amá-lo, porém sabe que ele jamais poderá dar-lhe o que o filho dos Linton a daria. Heathcliff ouve somente o final da fala e então toma uma decisão preciptada sobre isso e foge.
O amor é tão visceral a ponto de deixar Cathy doente em vários momentos. A perversidade do casal é tão absurda (Heathcliff praticamente mata um cachorrinho de Isabela Linton e Cathy, no ápice do seu cinismo, tranca-se junto com Heathcliff e Isabela em um cômodo da casa e força a barra para os dois).
Algumas cenas do livro são bem bizarras, como os momentos em que após a morte da Cathy, Heathcliff vai ao cemitério vê-la e seu corpo permanece intacto. Mas, a intenção aqui não é dar spoilers, rs.
Contamos com duas gerações nessa história: Vemos a filha de Cathy, o filho de Heathcliff, o filho de Hindley...
Acredito que a união da filha de Cathy com o filho do Heathcliff é um modo de fazer, de modo perverso, a união do amor que os pais deles não puderam ter (antes que se pense em incesto, a filha de Cathy era fruto da relação da mesma com o Edgar Linton(?) e o filho de Heathcliff era fruto do casamento do mesmo com a Isabella Linton). E, sem contar com o fato de que essa união foi forçada para as duas partes, o que não haveria de ser no caso dos pais deles.
Quero dizer com esse reboliço todo, que a história é magnifica. Muito bem construída e sem contar que foi o único romance da Emily Brontë. Se levarmos em conta o fato de que na época que o livro fora escrito e publicado, as mulheres não tinham lugar na sociedade como hoje, o que fez com que o livro tivesse sido publicado sob um pseudonimo masculino incialmente. E, também devo acrescentar que o livro deve ser lido por todos os bons leitores e até mesmo os maus.
O Morro dos Ventos Uivantes é a perfeita união entre amor visceral, uma personagem que podemos dizer ser à frente do seu tempo e uma narrativa completamente diferente. Em suma, uma obra para ser amada e admirada por todos.
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